Abiogênese x Biogênese
A ideia de que os seres vivos surgiam
a partir de outros mecanismos que não a reprodução, foi muito difundida na
Antiguidade, e ficou conhecida como teoria
da geração espontânea ou teoria da abiogênese. Durante a Idade Média, contou com inúmeros ilustres
defensores, tais como Santo Agostinho, São Tomás de Aquino, Aristóteles, René
Descartes e Isaac Newton, mas deixou de ser aceita em meados do século
XIX.
Nessa teoria, admitia-se que cobras,
sapos, rãs etc., formavam-se a partir da lama dos rios e lagos, e até
receitas para se produzir ratos foram elaboradas. A teoria da abiogênese não
resistiu à expansão das pesquisas e rigorosos experimentos feitos por vários
pesquisadores, entre eles Redi, Spallanzani e Pasteur, que forneceram evidências
incontestáveis de que os seres vivos surgiam a partir de uma vida
pré-existente.
Com a derrubada da abiogênese, surgiram duas novas explicações para o surgimento da vida em nosso planeta, sendo que, para muitos cientistas, elas se complementam. Uma delas, chamada de Teoria da Panspermia Cósmica, diz que a vida teve origem a partir de seres vivos e/ou substâncias precursoras da vida, oriundos de outras regiões do universo. A outra é a Teoria da Evolução Química ou Molecular, que postula que a vida surgiu a partir do processo de evolução química de compostos inorgânicos, dando origem a moléculas orgânicas e, depois, as primeiras e mais simples formas de vida.
Com a derrubada da abiogênese, surgiram duas novas explicações para o surgimento da vida em nosso planeta, sendo que, para muitos cientistas, elas se complementam. Uma delas, chamada de Teoria da Panspermia Cósmica, diz que a vida teve origem a partir de seres vivos e/ou substâncias precursoras da vida, oriundos de outras regiões do universo. A outra é a Teoria da Evolução Química ou Molecular, que postula que a vida surgiu a partir do processo de evolução química de compostos inorgânicos, dando origem a moléculas orgânicas e, depois, as primeiras e mais simples formas de vida.
Abiogênese: teoria que afirmava que a vida poderia
surgir a partir da matéria inanimada, por geração espontânea.
Biogênese: teoria que afirmava que os seres vivos
originam-se de outros seres vivos preexistentes e semelhantes, através dos
processos de reprodução.
Experimento
de Redi
Na época, uma ideia muito difundida
era de que os vermes que apareciam nos cadáveres de pessoas e animais
originavam-se pela transformação espontânea da carne em putrefação. Redi,
diante disso, resolveu provar que esses vermes não apareciam espontaneamente, e
que na verdade eles eram larvas de moscas que colocavam seus ovos na carne em
putrefação. Segundo Redi narra em seu livro “Experimentos
sobre a geração de insetos”, a ideia de que as lavras surgiam de moscas veio do
poema épico Ilíada. No livro, Redi questiona: “[...] por que, no canto XIX
da Ilíada, Aquiles teme que o corpo de Pátrocles se torne presa das
moscas? Por que ele pede a Tétis que proteja o corpo contra os insetos que
poderiam dar origem a vermes e assim corromper a carne do morto?”.
Diante disso, Redi testou sua
hipótese a partir do seguinte experimento: Pegou frascos de boca larga, e em
cada frasco colocou carne em decomposição. Alguns frascos foram tampados com
uma gaze muito fina, enquanto os outros frascos ficaram totalmente abertos.
Passados alguns dias, Redi verificou que nos frascos destampados, nos quais as
moscas entravam e saíam livremente, o animal morto estava repleto de vermes, e
nos frascos tampados ele observou que não havia surgido nenhum verme.
Dessa forma, Redi conseguiu provar
que, no caso de organismos facilmente visíveis, a teoria da geração espontânea
não se aplicava, e que cada ser vivo conhecido provinha de um ser vivo
pré-existente, confirmando então a teoria da biogênese.
Experimentos de Needham e Spallanzani
O
cientista inglês John T. Needham realizou vários experimentos em que submetia à
fervura frascos contendo substâncias nutritivas. Após a fervura deixava os
frascos em descanso por alguns dias. Depois ao observar ao microscópio, Needham
notava a presença de microrganismos. Ele dizia que a solução nutritiva continha
uma força vital responsável pelo surgimento dos microrganismos.
O
pesquisador italiano Lazzaro Spallanzani repetiu os experimentos de Needham ,
com algumas modificações e obteve resultados diferentes.
Ele
colocou substâncias nutritivas em balões de vidro, fechando-os hermeticamente e
submeteu-os a fervura. Deixou descansar por alguns dias então ele abriu os
frascos e observou o líquido ao microscópio. Nenhum organismo estava presente.
Spallanzani
explicou que Needham não havia fervido sua solução nutritiva por tempo
suficientemente longo para matar todos os microrganismos existentes nela.
Needham
respondeu dizendo que, ao ferver por muito tempo, Spallanzani havia destruído a
“força vital” e tornado o ar desfavorável para o aparecimento da vida.
O Experimento de Pasteur
Pasteur (1822- 1895) foi
um cientista francês
que conseguiu provar, definitivamente, que os seres vivos se originam somente a
partir de outros seres vivos. Seus experimentos foram incentivados pela
Academia Francesa de Ciências na década de 1860, que oferecia um prêmio a quem
realizasse um experimento definitivo sobre a real origem dos microorganismos.
Os experimentos foram realizados com
frascos de vidro, cujos gargalos foram esticados e curvados no fogo após todos
terem sido enchidos com caldos nutritivos. Logo em seguida, Pasteur ferveu o
caldo de cada um dos frascos, até que saísse vapor dos gargalos longos e curvos
e deixou-os esfriar.
Depois de um tempo, Pasteur observou
que, embora todos os frascos estivessem em contato direto com o ar, nenhum
deles apresentou microorganismos.
Pasteur então quebrou os gargalos de alguns frascos e observou que, em poucos
dias, seus caldos já estavam repletos de micro-organismos.
A ausência de micro-organismos nos
caldos que estavam nos frascos cujos gargalos eram curvos e longos com a
presença desses seres nos frascos cujos gargalos foram quebrados mostraram que
o ar contém microorganismos e que eles, ao entrarem em contato com o caldo
nutritivo, desenvolvem-se. Nos frascos que apresentavam gargalo curvo e longo,
os microorganismos não conseguiram chegar até o líquido porque ficaram retidos
no “filtro” formado pelas gotículas de água que apareceram no pescoço do frasco
durante o resfriamento. Nos frascos que tiveram seu pescoço quebrado, o
“filtro” formado pelo vapor deixou de existir, deixando o líquido vulnerável
aos micro-organismos, que, uma vez em contato com o líquido, encontraram condições
adequadas para o seu desenvolvimento.
A partir desse experimento, Pasteur
mostrou que um líquido, ao ser fervido, não perde a “força vital”, como
defendiam os adeptos da abiogênese, pois quando o pescoço do frasco é quebrado,
após a fervura desse líquido, ainda aparecem seres vivos. Dessa forma, Pasteur
sepultou de vez a teoria da abiogênese ou geração espontânea,
que admitia que os seres vivos originavam-se a partir de matéria bruta.
Louis Pasteur também nos deixou
outras contribuições importantes para a microbiologia e também para a medicina.
Através de mudanças em práticas hospitalares introduzidas por Pasteur, houve
uma diminuição na disseminação de doenças hospitalares causadas por microorganismos.
Pasteur também foi o responsável por descobrir que a raiva era transmitida por
um agente que não poderia ser visto ao microscópio, assim desenvolveu técnicas
para vacinar animais contra a raiva e tratar pessoas mordidas por animais
infectados.
Outro processo que é muito utilizado
nos dias atuais é a pasteurização. Desenvolvida por Pasteur para
exterminar microorganismos encontrados em vinhos, a pasteurização consiste no
aquecimento seguido por resfriamento brusco. Essa técnica permite a retirada de
microorganismos dos mais variados alimentos sem deteriorá-los. Em muitos
países, inclusive no Brasil, é obrigatória a pasteurização do leite e de seus
derivados antes de serem comercializados. Nesse processo, o leite é mantido a
62°C por cerca de meia hora, eliminando vários micro-organismos prejudiciais
aos seres humanos, além de prolongar a vida útil do alimento.
O Experimento de Oparin e Haldane
Os
cientistas Oparin e Haldane sugerem que a vida pode ter se originado na Terra
através de um lento processo de evolução
química.
Eles
consideram que provavelmente a atmosfera primitiva era composta principalmente
por metano (CH4), amônia (NH3), gás hidrogênio (H2)
e vapor d’água (H2O). Nessa época a Terra passava por um processo de
resfriamento que permitiu o acúmulo de água nas depressões das rochas, formando
os mares primitivos.
As
descargas elétricas e as radiações eram intensas e teriam fornecido energia
para a formação das primeiras moléculas orgânicas.
As
moléculas orgânicas eram arrastadas pela água da chuva e passavam a se acumular
nos quentes mares primitivos, formando verdadeiras “sopas nutritivas”
Nessas
“sopas nutritivas” surgiram os aminoácidos e esses foram se agrupando para
formar proteínas isoladas do meio (coacervados).
No
momento em que essas proteínas passaram a apresentar capacidade de duplicação
teriam surgido os primeiros seres vivos.
O Experimento de Miller e Urey
A hipótese da evolução química foi
testada pela primeira vez pelo químico americano Stanley Miller, em 1953. Ele
construiu um aparelho que simulava as condições da terra primitiva e introduziu
nele os gases de amônia, hidrogênio, metano e vapor d’água. Um dispositivo
elétrico de alta voltagem produzia faísca dentro do aparelho, simulando os
raios das tempestades.
Depois
de alguns dias funcionando, a água e o vidro do aparelho ficaram impregnados
por uma substância viscosa e avermelhados. Analisando essa substância, Miller
verificou que ela era rica em aminoácidos.
A
pesquisa de Miller foi pioneira no sentido de levantar questões acerca da
possibilidade da matéria precursora da vida ter se formado espontaneamente,
pelo conjunto de condições existentes ali. Hoje se sabe que a atmosfera
terrestre primitiva continha 80% de gás carbônico, 10% de metano, 5% de
monóxido de carbono e 5% de gás nitrogênio.
Poucos anos depois (1957), seguindo a mesma linha, o bioquímico americano Sidney Fox aqueceu uma mistura seca de aminoácidos e constatou a presença de moléculas de natureza proteica, constituídas por alguns poucos aminoácidos. O experimento evidenciou que estes poderiam ter se unido através de ligações peptídicas, numa síntese por desidratação.
Melvin Calvin, outro cientista norte-americano, realizou experiências, bombardeando os gases primitivos com radiações altamente energéticas e obteve, entre outros, compostos orgânicos do tipo carboidrato.
Todas essas experiências demonstraram a possibilidade da formação de compostos orgânicos antes do surgimento da vida na Terra. Isso favoreceu a hipótese heterotrófica, uma vez que a existência prévia de matéria orgânica é um requisito básico não só para a alimentação dos primeiros heterótrofos, como também para sua própria formação.
Poucos anos depois (1957), seguindo a mesma linha, o bioquímico americano Sidney Fox aqueceu uma mistura seca de aminoácidos e constatou a presença de moléculas de natureza proteica, constituídas por alguns poucos aminoácidos. O experimento evidenciou que estes poderiam ter se unido através de ligações peptídicas, numa síntese por desidratação.
Melvin Calvin, outro cientista norte-americano, realizou experiências, bombardeando os gases primitivos com radiações altamente energéticas e obteve, entre outros, compostos orgânicos do tipo carboidrato.
Todas essas experiências demonstraram a possibilidade da formação de compostos orgânicos antes do surgimento da vida na Terra. Isso favoreceu a hipótese heterotrófica, uma vez que a existência prévia de matéria orgânica é um requisito básico não só para a alimentação dos primeiros heterótrofos, como também para sua própria formação.
HIPÓTESE HETEROTRÓFICA
Segundo essa hipótese, os primeiros organismos eram estruturalmente muito simples, sendo de se supor que as reações químicas em suas células também seriam simples. Eles viviam em um ambiente aquático, rico em substâncias nutritivas, mas provavelmente não existia oxigênio na atmosfera, nem dissolvido na água dos mares. Nessas condições, é possível supor que, tendo alimento abundante ao seu redor, esses primeiros seres teriam utilizado esse alimento já pronto como fonte de energia e matéria-prima. Eles seriam, portanto, heterotróficos (hetero = diferente; trofos = alimento): organismos que não são capazes de sintetizar seus próprios alimentos a partir de compostos inorgânicos, obtendo-os prontos do ambiente.
Os seres capazes de sintetizar seus próprios alimentos a partir de substâncias inorgânicas simples são chamados de autotróficos (auto = próprio; trofos = alimento), como é o caso das plantas.
Uma vez dentro da célula, esse alimento precisa ser degradado. Nas condições da Terra atual, a via metabólica mais simples para se degradar alimento sem oxigênio é a fermentação, um processo anaeróbio (an = sem; aero = ar; bio = vida). Um dos tipos mais comuns de fermentação é a alcoólica. O açúcar glicose é degradado em álcool etílico (etanol) e gás carbônico, liberando energia para as várias etapas do metabolismo celular.
Esses organismos começaram a aumentar de número por reprodução. Paralelamente a isso, as condições climáticas da Terra também estavam mudando a ponto de não mais ocorrer síntese pré-biótica de matéria orgânica. Desse modo o alimento dissolvido no meio teria começado a ficar escasso.
Com o alimento reduzido e um grande número de indivíduos nos mares, deve ter havido muita competição, e muitos organismos teriam morrido por falta de alimento. Ao mesmo tempo, teria se acumulado CO2 no ambiente. Acredita-se que nesse novo cenário teria ocorrido o surgimento de alguns seres capazes de captar a luz solar com o auxílio de pigmentos como a clorofila. A energia da luz teria sido utilizada para a síntese de seus próprios alimentos orgânicos, a partir de água e gás carbônico. Teriam surgido assim os primeiros seres autotróficos: os seres fotossintetizantes (foto = luz; síntese em presença de luz), que não competiam com os heterotróficos e proliferaram muito.
Esses primeiros seres fotossintetizantes foram fundamentais na modificação da composição da atmosfera: eles introduziram oxigênio no ar, e a atmosfera teria passando de redutora para oxidante. Até os dias de hoje, são principalmente os seres fotossintetizantes que mantém os níveis de oxigênio na atmosfera, o que é fundamental para a vida do nosso planeta. Em condições de baixa disponibilidade de moléculas orgânicas no meio, esses organismos aeróbios teriam grande vantagem sobre os fermentadores.
Havendo disponibilidade de oxigênio, foi possível a sobrevivência de seres que desenvolveram reações metabólicas complexas, capazes de utilizar esse gás na degradação do alimento. Surgiram, então, os primeiros seres aeróbios, que realizavam respiração. Por meio da respiração, o alimento, especialmente o açúcar glicose, é degradado em gás carbônico e água, liberando muito mais energia para a realização das funções vitais do que na fermentação.
A fermentação, a fotossíntese e a respiração permaneceram ao longo do tempo e ocorrem nos organismos que vivem atualmente na Terra. Todos os organismos respiram e/ou fermentam, mas apenas alguns respiram e fazem fotossíntese.
Hipótese Heterotrófica
Fermentação → Fotossíntese → Respiração Aeróbica
Segundo essa hipótese, os primeiros organismos eram estruturalmente muito simples, sendo de se supor que as reações químicas em suas células também seriam simples. Eles viviam em um ambiente aquático, rico em substâncias nutritivas, mas provavelmente não existia oxigênio na atmosfera, nem dissolvido na água dos mares. Nessas condições, é possível supor que, tendo alimento abundante ao seu redor, esses primeiros seres teriam utilizado esse alimento já pronto como fonte de energia e matéria-prima. Eles seriam, portanto, heterotróficos (hetero = diferente; trofos = alimento): organismos que não são capazes de sintetizar seus próprios alimentos a partir de compostos inorgânicos, obtendo-os prontos do ambiente.
Os seres capazes de sintetizar seus próprios alimentos a partir de substâncias inorgânicas simples são chamados de autotróficos (auto = próprio; trofos = alimento), como é o caso das plantas.
Uma vez dentro da célula, esse alimento precisa ser degradado. Nas condições da Terra atual, a via metabólica mais simples para se degradar alimento sem oxigênio é a fermentação, um processo anaeróbio (an = sem; aero = ar; bio = vida). Um dos tipos mais comuns de fermentação é a alcoólica. O açúcar glicose é degradado em álcool etílico (etanol) e gás carbônico, liberando energia para as várias etapas do metabolismo celular.
Esses organismos começaram a aumentar de número por reprodução. Paralelamente a isso, as condições climáticas da Terra também estavam mudando a ponto de não mais ocorrer síntese pré-biótica de matéria orgânica. Desse modo o alimento dissolvido no meio teria começado a ficar escasso.
Com o alimento reduzido e um grande número de indivíduos nos mares, deve ter havido muita competição, e muitos organismos teriam morrido por falta de alimento. Ao mesmo tempo, teria se acumulado CO2 no ambiente. Acredita-se que nesse novo cenário teria ocorrido o surgimento de alguns seres capazes de captar a luz solar com o auxílio de pigmentos como a clorofila. A energia da luz teria sido utilizada para a síntese de seus próprios alimentos orgânicos, a partir de água e gás carbônico. Teriam surgido assim os primeiros seres autotróficos: os seres fotossintetizantes (foto = luz; síntese em presença de luz), que não competiam com os heterotróficos e proliferaram muito.
Esses primeiros seres fotossintetizantes foram fundamentais na modificação da composição da atmosfera: eles introduziram oxigênio no ar, e a atmosfera teria passando de redutora para oxidante. Até os dias de hoje, são principalmente os seres fotossintetizantes que mantém os níveis de oxigênio na atmosfera, o que é fundamental para a vida do nosso planeta. Em condições de baixa disponibilidade de moléculas orgânicas no meio, esses organismos aeróbios teriam grande vantagem sobre os fermentadores.
Havendo disponibilidade de oxigênio, foi possível a sobrevivência de seres que desenvolveram reações metabólicas complexas, capazes de utilizar esse gás na degradação do alimento. Surgiram, então, os primeiros seres aeróbios, que realizavam respiração. Por meio da respiração, o alimento, especialmente o açúcar glicose, é degradado em gás carbônico e água, liberando muito mais energia para a realização das funções vitais do que na fermentação.
A fermentação, a fotossíntese e a respiração permaneceram ao longo do tempo e ocorrem nos organismos que vivem atualmente na Terra. Todos os organismos respiram e/ou fermentam, mas apenas alguns respiram e fazem fotossíntese.
Hipótese Heterotrófica
Fermentação → Fotossíntese → Respiração Aeróbica
Alguns cientistas tem argumentado que os seres vivos não devem ter surgido em mares rasos e quentes, como proposto por Oparin e Haldane, pois a superfície terrestre, na época em que a vida surgiu, era um ambiente muito instável. Meteoritos e cometas atingiam essa superfície com muita frequência, e a vida primitiva não poderia se manter em tais condições.
Logo no início da formação da Terra, meteoritos colidiam fortemente com a superfície terrestre, e a energia dessas colisões era gasta em derretimento ou até mesmo na vaporização da superfície rochosa. Os meteoritos fragmentavam-se e derretiam contribuindo com sua substância para a Terra em crescimento. Um impacto especialmente violento pode ter gerado a Lua, que guarda até hoje em sua superfície as marcas desse bombardeio por meteoritos. Na superfície da Terra a maioria dessas marcas foi apagada ao longo do tempo pela erosão.
A maioria dos meteoritos se queima até desaparecer quando entra na atmosfera terrestre atual e brilha no céu como estrelas cadentes. Nos primórdios os meteoritos eram maiores, mais numerosos e atingiam a Terra com maior frequência.
Alguns cientistas especulam que os primeiros seres vivos não poderiam ter sobrevivido a esse bombardeio cósmico, e propõe que a vida tenha surgido em locais mais protegidos, como os assoalhos dos mares primitivos.
Em 1977, foram descobertas nas profundezas oceânicas as chamadas fontes termais submarinas, locais onde emanam gases quentes e sulfurosos que saem das aberturas do assoalho marinho. Nesses locais há vida abundante. Muitas bactérias que aí vivem são autótrofas, mas realizam um processo muito distinto de síntese. Onde essas bactérias vivem não há luz, e elas são a base da cadeia alimentar peculiar. Elas servem de alimento para os animais ou são mantidas dentro dos tecidos deles. Nesse caso tanto bactérias como animais se beneficiam: elas têm proteção dentro do corpo dos animais, e estes recebem alimentos produzidos por estas bactérias.
A descoberta das fontes termais levantou a possibilidade de que a vida teria surgido nesse tipo de ambiente protegido e de que a energia para o metabolismo dos primeiros seres vivos viria de um mecanismo autotrófico denominado quimiossíntese. Alguns cientistas acreditam que os primeiros seres vivos foram bactérias, que obtinham energia para o metabolismo a partir da reação entre substâncias inorgânicas, como fazem as bactérias encontradas atualmente nas fontes termais submarinas e em outros ambientes muito quentes (com cerca de 60 a 105°C) e sulfurosos. Segundo essa hipótese, parece que toda a vida que conhecemos descende desse tipo de bactéria. Que deveria se autotrófica.
Os que argumentam a favor dessa hipótese baseiam-se nas evidências que sugere a abundância de sulfeto de hidrogênio (gás sulfídrico, H2S) e compostos de ferro na Terra primitiva. As primeiras bactérias devem ter obtido energia das reações que tenham envolvido esses compostos para a síntese de seus compostos orgânicos.
Algumas bactérias que vivem atualmente em fontes quentes e sulfurosas podem realizar a reação química a seguir, que segundo a hipótese autotrófica, pode ter sido a reação fundamental fornecedora de energia para os primeiros seres vivos.

RE
A energia liberada por essa reação
pode ser usada pelas bactérias para a produção de compostos orgânicos para a
vida, a partir de CO2 e H2O.
Assim, segundo essa hipótese, a quimiossíntese – um processo autotrófico teria surgido primeiro. Depois teriam surgido a fermentação e finalmente a respiração aeróbia. A hipótese autotrófica vem ganhando cada vez mais força.
Assim, segundo essa hipótese, a quimiossíntese – um processo autotrófico teria surgido primeiro. Depois teriam surgido a fermentação e finalmente a respiração aeróbia. A hipótese autotrófica vem ganhando cada vez mais força.
Hipótese da Panspermia Cósmica
A
presença de compostos orgânicos em meteoritos, e a descoberta por astrônomos de
aminoácidos em nuvens estrelares, têm levado alguns cientistas a acreditarem
que a matéria-prima que deu origem à vida pode ter vindo do espaço. Essa teoria ganhou
mais força com a descoberta da presença de substâncias orgânicas oriundas de
outros locais do espaço, como o formaldeído, álcool etílico e alguns
aminoácidos. A descoberta de um meteorito na Antártica (Allen Hills), contendo um possível fóssil de bactéria, também
reforça a panspermia.
Para muitos, aceitá-la apenas responderia sobre o surgimento da vida na Terra tornando, ainda, obscura a resposta acerca de como ela se formou, realmente. Além disso, muitos cientistas argumentam sobre a possibilidade quase negativa de seres extraterrestres atravessarem os raios cósmicos e ultravioletas sem serem lesados.
Para muitos, aceitá-la apenas responderia sobre o surgimento da vida na Terra tornando, ainda, obscura a resposta acerca de como ela se formou, realmente. Além disso, muitos cientistas argumentam sobre a possibilidade quase negativa de seres extraterrestres atravessarem os raios cósmicos e ultravioletas sem serem lesados.
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II - O Meu Olhar
“O meu olhar é nítido como um
girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo comigo
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do mundo...
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo comigo
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do mundo...
Creio no mundo como num
malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo.
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe porque ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência é não pensar...”
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo.
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe porque ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência é não pensar...”
(O Guardador de Rebanhos – Fernando Pessoa)
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Reino Fungi
CLC
Durante muito tempo os fungos foram
considerados plantas, mas atualmente sabe-se que eles são tão diferentes das
plantas como dos animais, merecendo, por isso, o seu próprio reino – Reino Fungi.
Os fungos são um importante grupo de
organismos, conhecendo-se mais de 77000 espécies, a maioria das quais
terrestres.
Os primeiros fungos devem ter sido eucariontes
unicelulares, o fóssil mais antigo de um organismo semelhante a um fungo data
de 900 milhões de anos mas, apenas há 500 milhões de anos, se pôde identificar
com toda a certeza um fungo no registro fóssil. Os fungos, tal como as
bactérias, são os decompositores da
biosfera, sendo a sua função tão necessária como a dos produtores. A
decomposição liberta dióxido de carbono (CO2) para a atmosfera e compostos
nitrogenados ao solo, onde podem ser novamente utilizados pelas plantas e,
eventualmente, pelos animais. Estima-se que os 20 cm superiores do solo fértil
contêm mais de 5 toneladas de fungos e bactérias, por hectare. Assim como para
os reinos anteriormente estudados, a caracterização dos organismos pertencentes
ao reino Fungi será feita com base na sua estrutura corporal, nutrição,
reprodução e importância ecológica.
Características Gerais
Unicelular ou Pluricelular
Eucariontes
Habitat
Lugares úmidos e ricos em matéria orgânica; ambiente aquático
Parede celular
Constituída
por quitina
Substância de reserva
Glicogênio
Todos são heterótrofos
Importância dos Fungos
DOENÇAS
CAUSADAS POR FUNGOS
A micose que surge na pele humana é uma parasitose causada por fungo. São exemplos de micose o pé-de-atleta e a pitiríase. O sapinho é uma doença que ocorre principalmente em crianças e é causada por fungo do gênero Candida, que provoca múltiplos pontos brancos na boca. Essas mesmas espécies causam a candidíase vaginal. A histoplasmose é uma doença causada pelo fungo Histoplasma capsulatum, que parasita principalmente os pulmões. A infecção ocorre por inalação de esporos presentes na poeira levantada de solos contaminados. Esse fungo desenvolve-se principalmente sobre fezes de aves e morcegos.
Na agricultura os fungos podem atuar como parasitas
de plantas, causando a ferrugem que afeta principalmente cafeeiros, sojas, cacauzeiros
entre outras.
Podem ser usados na fabricação de antibióticos combatendo
infecções de bactérias como o Penicilium
notatum (bolor), do qual se extrai a penicilina. Esse medicamento foi o
primeiro antibiótico produzido, foi descoberto por Alexandre Fleming em 1929 ao
observar que a presença do fungo impedia o crescimento de bactérias.
Na indústria de alimentos são utilizados na produção de
cervejas, pães, queijos e fermentos biológicos.
FUNGO GIGANTE
O micélio vegetativo de um único indivíduo
da espécie Armillaria
ostoyae, que ocorre no estado de Oregon (EUA)
expande-se por cerca de 8,9 Km2 de área e provavelmente deve ter
2400 anos e centenas de toneladas, o que o qualifica como o maior organismo da Terra.
COGUMELOS ALUCINÓGENOS E TÓXICOS
Existem quatro gêneros de cogumelos
alucinógenos: Psilocibe, Panaeolus, Capelandia e
Amanita. No
Brasil são encontrados dois gêneros que são o Psilocibe, porém o tipo
mais conhecido é o do gênero da Amanita e em especial a Amanita muscaria. São
espécies venenosas e que causam
sérios danos ao sistema nervoso.
CONTROLE BIOLÓGICO DE
PRAGAS
A utilização constante dos agrotóxicos promove redução não
só das pragas mas também dos organismos benéficos, fazendo com que cada vez
mais o agricultor seja dependente dos produtos químicos.
Com isto a própria praga pode adquirir resistência,
ficando muito difícil de ser controlada, obrigando o agricultor a mudar de
produto, aumentar a dose ou até mesmo misturar ou usar produtos ainda mais
tóxicos.
Esses químicos não só são tóxicos para a praga, mas são
também perigosos para o homem, os animais domésticos e silvestres e, para a
natureza como um todo, podendo deixar resíduos tóxicos nos alimentos ou na
água.
O controle biológico é um eficiente
método de controle populacional, normalmente de uma praga, através do uso
de uma outra espécie, ou substâncias produzidas por outra espécie. A espécie
controladora é denominada de inimigo natural ou agente de controle biológico.
Há
alguns anos, principalmente, após a Conferência dos Estados Unidos para o Meio
Ambiente e Desenvolvimento (ECO/92), ocorrida no Rio de Janeiro, a preocupação
com a conservação do meio ambiente tornou-se crescente e
dentro
deste contexto, a busca por uma agricultura sustentável, produtiva e
ambientalmente equilibrada, apoia-se em práticas agropecuárias que promova a
agrobiodiversidade e os processos biológicos naturais, baseando-se no baixo uso
de insumos externos. E é aí que o controle biológico mostra-se muito útil.
LIQUÉNS- RELAÇÃO DE
MUTUALISMO
Os liquens são extremamente sensíveis a
alterações ambientais. São os
melhores bioindicadores dos níveis de poluição do ar. Assim, a
presença de liquens sugere baixo índice
de poluição, enquanto seu desaparecimento
sugere agravamento da poluição ambiental.
Os liquens são associações simbióticas de
mutualismo entre fungos e algas. Os fungos que formam liquens são, em sua
grande maioria, ascomicetos (98%), sendo o restante, basidiomicetos. As algas
envolvidas nesta associação são as clorofíceas e cianobactérias. Os fungos
desta associação recebem o nome de micobionte e a alga, fotobionte, pois é o organismo
fotossintetizante da associação.
A REPRODUÇÃO DOS FUNGOS
Os
fungos apresentam reprodução assexuada e sexuada.
Os cogumelos-de-chapéu pertencem a um grupo de fungos chamado
de basidiomicetos.
Vamos considerar esse grupo para explicar de forma simplificada, como ocorre a
reprodução dos fungos pluricelulares.
Como
vimos, o micélio é formado por um emaranhado de filamentos denominados hifas.
Nos fungos terrestres, o micélio se desenvolve sobretudo subterraneamente. Mas
hifas férteis organizam, geralmente no meio aéreo, uma estrutura chamada de
corpo de frutificação. Essa estrutura contém um "chapéu" portador de
vários esporângios. Cada esporângio é um estrutura produtora de unidades de
reprodução chamadas esporos.
Uma vez
produzidos nos esporângios, os esporos são limitados no ambiente, podendo se
espalhar pela ação do vento, por exemplo; ao encontrar condições favoráveis,
num certo local, os esporos germinam e originam hifas que formarão um novo
fungo. O número de corpos de frutificação emitidos por um cogumelo-de-chapéu é
variável, conforme a espécie. O micélio de um único cogumelo Agaricus bisporus, comestível e conhecido
como champignon, é capaz de emitir, em média, de 80 a 100 "chapéus"
no meio aéreo.
Um
basidiocarpo desenvolve-se a partir do micélio, uma massa de "fios"
entrelaçados, que fica abaixo da terra. Na superfície inferior do
"chapéu" estão as lamelas, onde se desenvolvem-se os basídios, que
irão produzir os basidiósporos. Quando os esporos alcançam um ambiente
propício, podem se desenvolver e originar um novo micélio (fonte: Davis et
al.., 1990).
ÁCIDOS NUCLEICOS
Substâncias químicas envolvidas na transmissão de caracteres
hereditários e na produção de proteínas compostos que são o principal
constituinte dos seres vivos. São ácidos nucléicos encontrados em todas as
células e também são conhecidos em português pelas siglas ADN e ARN (ácido
desoxirribonucléico e ácido ribonucléico). De acordo com a moderna Biologia, o
DNA faz RNA, que faz proteína (embora existam exceções os retrovírus, como o
vírus da Aids).
DNA, ácido desoxirribonucléico, é uma molécula formada
por duas cadeias na forma de uma dupla hélice. Essas cadeias são constituídas
por um açúcar (desoxirribose), um grupo fosfato e uma base nitrogenada (T
timina, A adenina, C citosina ou G guanina). A dupla hélice é um fator
essencial na replicação do DNA durante a divisão celular cada hélice serve de
molde para outra nova.
Watson e Crick descobriram que o DNA
tinha dois lados, ou filamentos, e que esses filamentos estavam torcidos
juntos, como uma escada caracol – a dupla hélice. Os lados da
escada compreendem as porções fosfato-açúcar dos nucleotídeos adjacentes
ligados juntos. O fosfato de um nucleotídeo é ligado covalentemente (uma
ligação na qual um ou mais pares de elétrons é compartilhado por dois átomos)
ao açúcar do próximo nucleotídeo. As ligações de hidrogênio entre os fosfatos
fazem o filamento do DNA se torcer. As bases de nitrogênio apontam para dentro
da escada e formam pares com bases no outro lado, como degraus. Cada par de
bases é formado por dois nucleotídeos complementares (purina com pirimidina)
presos juntos por ligações de hidrogênio. Os pares de base no DNA são adenina
com timina e citosina com guanina.
RNA (ácido ribonucléico)
O RNA é o outro ácido
nucléico. Ele difere do DNA de três formas principais:
- o açúcar é a ribose em vez
da desoxirribose
- há apenas um
filamento em vez de dois
- o RNA possui uracila
(U) em vez de timina. Assim, os pares de base no RNA são citosina
com guanina e adenina
com uracila.
O ácido ribonucléico
(RNA) é uma molécula também formada por um açúcar (ribose), um grupo fosfato e
uma base nitrogenada (U uracila, A adenina, C citosina ou G guanina). Um grupo
reunindo um açúcar, um fosfato e uma base é um "nucleotídeo".
Em uma célula procariótica (sem organelas
internas ligadas na membrana, como uma bactéria), o DNA e o RNA são encontrados
no citoplasma. Em uma célula eucariótica (com organelas internas
ligadas na membrana, como os seres humanos), o RNA pode ser encontrado no núcleo
e no citoplasma, enquanto o DNA, somente no núcleo.
DIFERENÇAS
ENTRE AS MOLÉCULAS DE DNA E RNA
CÓDIGO GENÉTICO
A informação contida no DNA, o código genético, está
registrada na sequência de suas bases na cadeia (timina sempre ligada à
adenina, e citosina sempre com guanina). A sequência indica uma outra
sequência, a de aminoácidos substâncias que constituem as proteínas. O DNA não
é o fabricante direto das proteínas; para isso ele forma um tipo específico de
RNA, o RNA mensageiro, no processo chamado transcrição. O código genético, na
forma de unidades conhecidas como genes, está no DNA, no núcleo das células. Já
a "fábrica" de proteínas fica no citoplasma celular em estruturas
específicas, os ribossomos, para onde se dirige o RNA mensageiro. Na
transcrição, apenas os genes relacionados à proteína que se quer produzir são
copiados na forma de RNA mensageiro.
Cada grupo de três bases (ACC, GAG, CGU etc.) é chamado
códon e é específico para um tipo de aminoácido. Um pedaço de ácido nucléico
com cerca de mil nucleotídeos de comprimento pode, portanto, ser responsável
pela síntese de uma proteína composta por centenas de aminoácidos. Nos
ribossomos, o RNA mensageiro é por sua vez lido por moléculas de RNA de
transferência, responsável pelo transporte dos aminoácidos até o local onde
será montada a cadeia protéica. Essa produção de proteínas com base em um
código é a base da Engenharia genética.
O DNA
contém as informações para formar as proteínas, que realizam todas as funções
e determinam características dos organismos vivos
|
Uma proteína
é feita de uma longa cadeia de substâncias químicas chamadas aminoácidos.
As proteínas possuem muitas funções:
·
enzimas - realizam as reações químicas (como as enzimas digestivas)
·
proteínas estruturais - são os materiais de construção (como colágeno e queratina das
unhas)
·
proteínas de transporte - carregam as substâncias (como a hemoglobina, que carrega o oxigênio no sangue)
·
proteínas de contração - que fazem os músculos se comprimirem (como a actina e a miosina)
·
proteínas de armazenamento - que agarram-se nas substâncias (como a albumina, nos ovos
brancos, e a ferritina, que armazena ferro no baço)
·
hormônios - mensageiros químicos entre as células (incluindo insulina, estrogênio, testosterona, cortisona, etc.)
A seqüência específica
dos aminoácidos na cadeia é o que diferencia uma proteína de outra. Essa
seqüência é codificada no DNA, onde um gene se codifica para uma proteína.
Como o DNA
codifica as informações para uma proteína? Existem somente quatro bases de DNA,
mas há 20 aminoácidos que podem ser usados para as proteínas. Assim, grupos de
três nucleotídeos formam um termo (códon), que especifica qual dos 20
aminoácidos vai para a proteína. Um códon de 3 bases produz 64 padrões
possíveis - 4*4*4 -, que é mais do que suficiente para especificar 20
aminoácidos. Em virtude de haver 64 possíveis códons e somente 20 aminoácidos,
há algumas repetições no código genético. Além disso, a ordem dos códons no
gene especifica a ordem dos aminoácidos na proteína. Pode ser necessário algo
em torno de 100 a 1.000 códons (300 a 2.000 nucleotídeos) para especificar uma
certa proteína. Cada gene também possui códons para designar o começo (códon
de iniciação) e o fim (códon de terminação) do gene.
EXERCÍCIOS
|
1-Uma
cadeia de RNA foi produzida tendo como molde o filamento superior (representado
pelo traço mais grosso) da molécula de DNA esquematizada. Marque a alternativa
que designa corretamente a seqüência de bases deste RNA.
A C A T G A C T
T G T A C T G A
a) U G U T C U G A
b) T G T U C A C U
c) U C A T G A C T
d) T G U T G A C U
e) U G U A C U G A
A C A T G A C T
T G T A C T G A
a) U G U T C U G A
b) T G T U C A C U
c) U C A T G A C T
d) T G U T G A C U
e) U G U A C U G A
2-Considere
as seguintes afirmações:
I – Um pedaço de DNA com a seqüência ATATACCGATCC formará um RNAm com a seqüência UAUAUGGCUAGG
II – Esse pedaço de RNAm irá identificar 4 aminoácidos
III - Esse pedaço de RNAm apresenta 4 códons.
Assinale:
a) se todas estiverem corretas;
b) se apenas uma estiver correta;
c) se apenas II e III estiverem corretas;
d) se todas estiverem incorretas
e) se apenas I e III estiverem corretas.
I – Um pedaço de DNA com a seqüência ATATACCGATCC formará um RNAm com a seqüência UAUAUGGCUAGG
II – Esse pedaço de RNAm irá identificar 4 aminoácidos
III - Esse pedaço de RNAm apresenta 4 códons.
Assinale:
a) se todas estiverem corretas;
b) se apenas uma estiver correta;
c) se apenas II e III estiverem corretas;
d) se todas estiverem incorretas
e) se apenas I e III estiverem corretas.
3-
Em 1953, em um breve artigo na revista Nature, os pesquisadores J.
Watson e H. C.Crick propuseram um modelo para a estrutura da molécula de DNA.
Hoje, cinqüenta anos após, a molécula de DNA ainda é o foco de muitas discussões, pois as modernas técnicas de biologia molecular prometem causar uma revolução na vida dos homens.
Considerando esta molécula, responda aos itens abaixo.
a) Cite duas características da molécula de DNA, de acordo com o modelo proposto pelos pesquisadores acima.
b) Para a síntese protéica, cada trinca de bases da molécula de DNA corresponde a um aminoácido na proteína.
O DNA, entretanto, não participa diretamente da síntese de proteínas.
Cite a molécula que atua como intermediária neste processo.
c) A enzima de restrição EcoRI apresenta o seguinte sítio de clivagem:
GAATTC
CTTAAG
Demonstre como ficará o fragmento de DNA representado abaixo, após a atuação dessa enzima.
5’AAGGTTCGAATTCAGTATATAACAGAATTCCCGGTA 3’
3’TTCCAAGCTTAAGTCATCAATTGTCTTAAGGGCCAT 5’
Watson e H. C.Crick propuseram um modelo para a estrutura da molécula de DNA.
Hoje, cinqüenta anos após, a molécula de DNA ainda é o foco de muitas discussões, pois as modernas técnicas de biologia molecular prometem causar uma revolução na vida dos homens.
Considerando esta molécula, responda aos itens abaixo.
a) Cite duas características da molécula de DNA, de acordo com o modelo proposto pelos pesquisadores acima.
b) Para a síntese protéica, cada trinca de bases da molécula de DNA corresponde a um aminoácido na proteína.
O DNA, entretanto, não participa diretamente da síntese de proteínas.
Cite a molécula que atua como intermediária neste processo.
c) A enzima de restrição EcoRI apresenta o seguinte sítio de clivagem:
GAATTC
CTTAAG
Demonstre como ficará o fragmento de DNA representado abaixo, após a atuação dessa enzima.
5’AAGGTTCGAATTCAGTATATAACAGAATTCCCGGTA 3’
3’TTCCAAGCTTAAGTCATCAATTGTCTTAAGGGCCAT 5’
4- (FUVEST)
A seguir está representada a sequência dos 13 primeiros pares de nucleotídeos
da região codificadora de um gene.
— A T G A G T T G G C C T G —
—
T A C T C A A C C G G A C —
A
primeira trinca de pares de bases nitrogenadas à esquerda corresponde ao
aminoácido metionina. A tabela a seguir mostra alguns códons do RNA mensageiro
e os aminoácidos codificados por cada um deles.
CÓDON
DO RNAm
|
AMINOÁCIDOS
|
ACC
|
Treonina
|
AGU
|
Serina
|
AUG
|
Metionina
|
CCU
|
Prolina
|
CUG
|
Leucina
|
GAC
|
Ácido
aspártico
|
GGC
|
Glicina
|
UCA
|
Serina
|
UGG
|
Triptofano
|
CCG
|
Prolina
|
Com
base no exposto e em seus conhecimentos sobre o assunto, assinale V ou F.
( ) A sequência de bases nitrogenadas do RNA
mensageiro, transcrito a partir desse segmento de DNA será - AUG AGU UGG
CCU G -.
( ) Utilizando a tabela do código genético
fornecida, a sequência dos três primeiros aminoácidos seguintes à metionina, no
polipeptídio codificado por esse gene será - Serina – triptofano – Prolina
-.
( ) A sequência dos três primeiros aminoácidos
de um polipeptídio codificado por um alelo mutante desse gene, originado pela
perda do sexto par de nucleotídeos (deleção do par de bases A = T) será -
Metionina – Serina – Glicina -.
( ) A sequência de bases nitrogenadas do RNA
mensageiro, transcrito a partir do segmento do DNA mutante mencionado na
alternativa anterior, será - UAC UCA CCG GAC -.
5-(PUC-PR)
Os códons AGA, CUG e ACU do RNA mensageiro codificam,
respectivamente, os aminoácidos arginina, leucina e treonina. A sequência
desses aminoácidos na proteína correspondente ao segmento do DNA que apresenta
a sequência de nucleotídeos GAC TGA TCT será, respectivamente:
a)
arginina, leucina, treonina.
b)
leucina, arginina, treonina.
c)
leucina, treonina, arginina.
d)
treonina, leucina, arginina.
e)
treonina, arginina, leucina.
6-(UPE)
Uma cadeia de DNA apresenta a seguinte sucessão de nucleotídeos AAA TAC
GTA GTA e a partir dela é sintetizado um polipeptídio.
CÓDONS
|
AMINOÁCIDOS
|
ABREVIAÇÃO
DO AMINOÁCIDO
|
UUU,
UUC
|
Fenilalanina
|
Phe
|
CAU,
CAC
|
Histidina
|
His
|
AAA,
AAG
|
Lisina
|
Lis
|
AUG
|
Metionina
|
Met
|
UAA,
UUG
|
Leucina
|
Leu
|
UCC,
UCA
|
Serina
|
Ser
|
GAA,
GAG
|
Ácido
Glutâmico
|
Glu
|
Assinale
a alternativa que indica a sequência de aminoácidos do polipeptídeo
sintetizado, utilizando o quadro abaixo:
a) Phe – His – His – Glu.
b) Glu
– Leu – Ser – Ser.
c) His – His – Met – Phe.
d) Phe – Met – His – His.
e) Met
– Phe – Lis – Lis.
REINO ANIMAL
INVERTEBRADOS
FILO DOS PORÍFEROS
Os poríferos, ou esponjas, surgiram há cerca
de 1 bilhão de anos e, provavelmente, se originaram de seres unicelulares e
heterotróficos que se agruparam em colônias. Possuem tecidos, mas não
apresentam órgãos nem sistemas; são animais exclusivamente aquáticos. A maioria
dos poríferos vive no mar presos nas rochas, nas conchas, ou associados à areia
do fundo do mar ou de um lago, etc.
O corpo de uma esponja tem
grande número de células que apresentam pouca divisão de funções. Algumas
dessas células são organizadas de tal maneira, que formam pequenos orifícios,
denominados poros (porócitos),
em todo o corpo do animal. É por isso que esses seres recebem o nome de poríferos.
O corpo do porífero geralmente tem a forma de uma bolsa (fig.1). A cavidade
interna chama-se átrio. Na parte superior do átrio existe uma abertura,
o ósculo, que serve para eliminar a água com as substâncias
desnecessárias à nutrição do animal e com os detritos resultantes da atividade
celular.
Esses animais não possuem órgãos
especializados para digestão, excreção ou reprodução. Todas essas funções são
realizadas por diferentes células.
As
esponjas são animais filtradores: a água penetra em seu corpo através dos poros
e cai no átrio; células chamadas coanócitos, retiram gás oxigênio e
capturam partículas alimentares presentes na água ao mesmo tempo que elimina
resíduos não aproveitáveis e gás carbônico. Essa água sai do corpo da esponja
através do ósculo.
Em sua alimentação, as esponjas retiram da água detritos diversos e
microorganismos, como protozoários e certas algas. O alimento assim obtido é
digerido no interior de certas células - por isso se diz que os poríferos tem
digestão sempre intracelular. As esponjas podem filtrar em uma hora um volume
de água centenas de vezes maior que o volume de seu corpo.
A reprodução dos poríferos pode ser assexuada ou sexuada.
A assexuada ocorre, por exemplo, por regeneração e brotamento. Neste caso,
formam-se brotos, que podem se separar do corpo do animal e dando origem a
novas esponjas.
A sexuada é menos freqüente que a reprodução assexuada, mas ocorre em alguns
tipos de esponjas. Quando os espermatozóides (gametas masculinos) estão
maduros, eles saem pelo ósculo, junto com a corrente de água, e penetram em
outra esponja, onde um deles fecunda um óvulo (gameta feminino). Após a
fecundação, que é interna, forma-se um ovo ou zigoto, que se transforma em uma
larva. Esta larva sai do corpo da esponja, nada e se fixa, por exemplo, em uma
rocha, onde se desenvolve até se transformar em uma esponja adulta.
FILO
CNIDÁRIOS OU CELENTERADOS
Os celenterados surgiram
provavelmente entre 1 bilhão e 800 milhões de anos atrás, depois dos
poríferos.Os celenterados apresentam cavidade digestiva e são exclusivamente
aquáticos.
A água-viva, a caravela, a hidra e os corais
são alguns exemplos desse grupo e um dos mais conhecidos é a água-viva (Aurelia aurita), responsável por
numerosos casos de queimaduras em banhistas. Seu corpo contém mais de 95% de
água, o que explica o seu nome. Outro celenterado venenoso é a vespa marinha (Chironex fleckeri), encontrada no leito
do mar, na costa da Oceania. O contato da pele com esse animal pode matar um
homem adulto em menos de 3 minutos.
Os recifes
de corais são enormes colônias formadas por uma
quantidade gigantesca de pequenos animais fixos, que crescem e se desenvolvem
uns sobre os outros. Os animais mais antigos, que ficam na base da colônia,
morrem e deixam a sua estrutura calcária, que serve de suporte para as gerações
mais jovens. Recifes de corais podem atingir dimensões de centenas de
quilômetros. O maior dos recifes conhecidos é a Grande Barreira de Coral,
localizada na costa da Austrália, e que se estende por mais de 1600
quilômetros.
A água-viva (Fig.3) e a caravela (Fig.4) têm vida livre e são levados pelas
ondas. Os corais, a hidra e a actínia (anêmona-do-mar) vivem presos a um
suporte, por exemplo, no fundo do mar ou sobre rochas.
CLASSES
|
EXEMPLOS
|
CARACTERÍSTICAS
|
Hydrozoa
(hidrozoários) |
Hidra, caravela-portuguesa,
Obelia
|
Exibem tanto estrutura
medusóide como polipóide, com predomínio da forma de pólipo. Algumas espécies
sofrem metagênese. Única classe que possui representantes de água doce.
|
Scyphozoa
(cifozoários) |
Água-viva
|
Predomínio da forma de medusa
|
Anthozoa
(antozoários) |
Coral, anêmona-do-mar
|
Existência apenas de pólipo
|
Todos os celenterados têm o corpo
formado por duas camadas de células, interligadas por uma substancia chamada mesogléia,
que dá ao animal uma aparência gelatinosa.
Os celenterados podem apresentar-se sob duas formas: os pólipos ou medusas
(Fig.5).
Pólipos: Os pólipos têm forma cilíndrica e vivem geralmente fixos, por
exemplo, em uma rocha. Na sua extremidade livre, apresenta tentáculos em volta
da boca.
Medusas: As medusas são geralmente semi-esféricas, como um guarda-chuva.
Seus tentáculos contornam a margem do corpo, no centro do qual fica a boca. São
carregadas pelas correntes, pois sua capacidade natatória é limitada.
Os celenterados possuem em
seus tentáculos células urticantes, os cnidócitos ou cnidoblastos.
Essa células, servem para a captura de alimentos e para a defesa do animal.
Os cnidócitos, pequenas células na forma de um saco, possuem uma cápsula
(nematocisto), dentro da qual se encontra um filamento enrolado, que serve para
injetar uma substância urticante. Cada cnidócito possui um cílio (cnidocílio)
que, ao ser tocado, dispara um filamento. A ação conjunta de muitos cnidócitos
podem ferir um predador ou paralisar rapidamente uma pequena presa. Uma vez
descarregado, o cnidócito é substituído.
Quando uma presa é capturada por um celenterado, ela penetra pela boca do
animal e chega até uma cavidade digestiva - aliás, o nome desse grupo
(celenterados) vem de celo =
"cavidade" e entero =
"intestino". Nessa cavidade, o alimento é parcialmente digerido e
depois absorvido por certas células, no interior das quais a digestão se
completa. Por isso se diz que a digestão nos celenterados é extracelular (na
cavidade digestiva) e também intracelular (no interior da células). Não
possuindo ânus, esses animais eliminam pela boca os resíduos não aproveitáveis.
A maioria dos celenterados
apresenta reprodução sexuada e assexuada, sendo grande número de
espécies que apresenta alternância de gerações (metagênese). Nesse caso, a
forma pólipo cresce, fragmenta-se transversalmente (cifístoma) e produz
assexuadamente, por estrobilização, pequenas medusas (éfiras) que, após um
período de desenvolvimento, produzem gametas de cuja fusão resulta o zigoto e
deste, uma larva plânula, ciliada, que perderá os cílios, fixando-se e
originando um novo pólipo. O pólipo assexuado origina medusas sexuadas e estas
novos pólipos.
A fecundação é externa na
maioria dos celenterados, havendo espécies em que o encontro dos gametas ocorre
dentro da cavidade gástrica. Nos casos em que o desenvolvimento é indireto
(todas as espécies marinhas) o zigoto formado dá origem a uma larva ciliada
(plânula). Após algum tempo a larva se fixa ao substrato dando origem a um novo
organismo (pólipo).
Nas espécies que apresentam
apenas forma de pólipo, esse se reproduz sexuadamente originando novos pólipos.
Os espermatozóides são liberados na água, nadando ao encontro do óvulo. A
fecundação e as primeiras divisões ocorrem com o zigoto ainda preso ao
organismo materno. Como seqüência do processo, o embrião se destaca e
transforma-se em um pólipo jovem que na maturidade repete o ciclo.
FILO
DOS PLATYHELMINTHES
Os vermes apresentam considerável progresso em
relação aos poríferos e celenterados. Podemos constatar isso caracterizando os
platelmintos: trata-se de animais de simetria bilateral, triblásticos,
acelomados, com sistema nervoso centralizado, sistema digestivo incompleto e
dispondo de sistema excretor e gônadas permanentes.
Compreendem cerca de 15.000
espécies, a maioria da classe Trematoda. Possuem o corpo achatado
dorso-ventralmente. A maioria das espécies é parasita, vivendo no trato
digestivo de muitos animais, especialmente vertebrados. Os de vida livre
encontram-se nos mais variados ambientes: em todos os mares, na água doce e
mesmo na terra, onde preferem a umidade encontrada sob pedras, troncos podres e
cascas de árvores. Os platelmintos marinhos de vida livre, que freqüentemente
exibem cores vistosas, são carnívoros e saprófagos; vivem também em locais
protegidos, geralmente embaixo de pedras e seixos, em fendas e entre algas. Os
que parasitam organismos marinhos, como peixes, podem ter um impacto econômico
negativo.
Sobre
a reprodução, podemos dizer que a maioria é hermafrodita, podendo ou não fazer
a autofecundação. As planárias são hermafroditas (monóicas), mas só se
reproduzem por fecundação cruzada. As tênias são hermafroditas autofecundantes.
Os esquistossomos são dióicos, isto é, têm sexos distintos. Há quem admita que
os platelmintos evoluíram e a partir de formas larvárias de celenterados.
Lembre-se de que a larva dos celenterados — a plânula — é nadadora, achatada
dorsoventralmente e coberta de cílios. Sob tais aspectos, a planária tem grande
identidade com ela.
O filo dos platelmintos é
dividido em três classes: Turbellaria, Trematoda e Cestoda.
Classe
Trematoda
Daremos aqui a maior atenção
ao esquistossomo, por ser um parasita da espécie humana e causador de uma das
mais graves endemias brasileira — a esquistossomose.
O Schistosoma mansoni, apesar de sua localização no interior das
veias do intestino, reproduz-se eliminando ovos que fistulam para dentro do
tubo digestivo, sendo eliminados com as fezes. Em locais de poucos recursos
higiênicos e sanitários, as fezes contaminadas por esses ovos são levadas até rios
e ribeirões. Na água, (Fig.6) os ovos se rompem e liberam o mirácido, embrião
ciliado microscópico, que nada à procura de um hospedeiro intermediário — o
caramujo Biomphalaria glabrata onde se desenvolvem partenogeneticamente,
resultando na formação das cercárias. Um mirácido apenas pode originar milhares
de cercárias.
Com a morte do caramujo
(hospedeiro intermediário) as cercárias, que possuem cauda bifurcada, passam à
água e nadam ativamente. Se tocarem a pele de uma pessoa, atravessam-na e
atingem os vasos sangüíneos Muitos esquistossomos migram para o fígado,
provocando um processo de irritação crônico que leva à cirrose hepática. Os
vermes causam obstrução à circulação sangüínea no intestino, o que determina
ruptura de vasos, com hemorragias e passagem de plasma para a cavidade
abdominal, levando à barriga-d’água (ascite) (Fig.7). A doença é lenta, mas
geralmente provoca a morte.
O combate à esquistossomose
se baseia no extermínio dos moluscos e na orientação às pessoas para não terem
contato com água em locais suspeitos e contaminados. Ë necessária a orientação
das populações para não defecarem no campo ou sobre rios. O tratamento da
doença exige assistência médica e hospitalar.
As tênias (Fig.8) são
popularmente conhecidas por solitárias (geralmente uma em cada pessoa
parasitada), provocam a doença chamada teníase.Todas as tênias evoluem
em dois hospedeiros — um intermediário (porco e boi), no qual se
desenvolvem até a fase de larva, e um definitivo (homem), no qual chegam
à fase adulta.
A Taenia saginata tem como hospedeiro intermediário o boi. A Taenia solium evolui até a fase da larva
no porco. Elas têm notável preferência por esses hospedeiros intermediários
específicos, não admitindo "trocas". Mas ambas concluem a sua
evolução no mesmo hospedeiro definitivo — o homem. A larva dessas tênias tem aspecto de uma
pipoquinha branca que se aloja na musculatura estriada (carne) daqueles
animais. Essa larva recebe o nome de cisticerco. Pode manter-se viva por
muitos anos no músculo hospedeiro intermediário, mas nunca evoluirá para verme
adulto se não passar para o hospedeiro definitivo.(Fig.9)
Em circunstâncias especiais,
o homem pode receber no estômago ovos de tênia. Aí, ele corre o risco de fazer
o papel do hospedeiro intermediário. Se essa situação acontecer, ele poderá
abrigar o cisticerco, revelando a cisticercose
(que pode ocorrer no cérebro, num globo ocular, num pulmão ou no fígado).(Fig.
10)
FILO DOS NEMATÓIDES
Em contraste com os
platelmintos, os nematoides tem corpo cilíndrico geralmente pontiagudo em ambas
as extremidades. Alguns são de vida livre, encontrados abundantemente nos solos
e na água doce, outros são parasitas de vegetais e animais vertebrados ou
invertebrados, geralmente são de pequenas dimensões, mas alguns podem atingir
até um metro de comprimento .
Os nematoides diferem dos
platelmintos pela forma, ausência de cílios e ventosas, presença de um trato
digestivo completo e uma cavidade do corpo e por terem sexos separados (dióicos
).
Principais nematóides
parasitas do homem
Ascaris lumbricoides
( Fig.11)
Vulgarmente chamado de
lombriga, é um nematóide cosmopolita que parasita o intestino delgado. Nas infestações intensas ( em certos casos mais de 400
), todo o intestino delgado se encontra povoado, e algumas vezes os vermes
adultos migram podendo ser eliminados pela boca ou narinas. O parasita passa por um ciclo no organismo humano (Fig.12),
durante o qual a larva atravessa a parede do intestino, cai na circulação, vai
ao fígado e depois aos pulmões, onde evolui parcialmente. Depois, prossegue
pelos bronquíolos, brônquios, traquéia, laringe, glote, faringe, esôfago,
estômago e, finalmente, retorna ao intestino, onde termina a evolução. A
ascaridose ou ascaridíase provoca distúrbios digestivos não muito acentuados e
cólicas vagas; só quando o número de vermes se torna muito grande é que surge o
grave perigo de obstrução intestinal por novelos de áscaris.
Mãos sujas de terra,
alimentos contaminados por mãos que tocaram o solo, alimentos contaminados ou
verduras cruas de hortaliças adubadas com fezes, são os principais veículos que
levam a boca os ovos do parasita e possibilita a sua ingestão.
Ancylostoma duodenale
É um dos nematóides
causadores da ancilostomose no homem. Seu tamanho varia de 0,8 a 1,3 cm.
A penetração da larva causa dermatite, que pode variar de intensidade. A doença é conhecida como "amarelão”, "doença do
jeca-tatu", "mal-da-terra", "anemia-dos-mineiros,
"opilação", etc. As pessoas portadoras desta verminose são pálidas,
com a pele amarelada, pois os vermes vivem no intestino delgado e, com suas
placas cortantes ou dentes (Fig. 13), rasgam as paredes intestinais, sugam o
sangue e provocam hemorragias e anemia.
O uso de calçados, hábitos
de higiene corporal, fervura da água a ser ingerida e cuidados na preparação de
alimentos são medidas preventivas importantes.
FILO
MOLLUSCA
O filo MOLLUSCA é o
segundo maior filo animal com mais de 80.000 espécies. Os moluscos são de larga
distribuição no tempo e no espaço, tendo um registro contínuo desde o
Cambriano; muitos são abundantes como indivíduos e são ecologicamente
importantes.
Apesar da maioria marinha,
muitos caramujos e lesmas invadiram os ambientes de água doce e terrestre.
Junto com os artrópodes, os moluscos apresentam adaptações ao maior número de
hábitat de todos os invertebrados. A maioria dos moluscos é de vida livre,
movendo-se lentamente e apresentando uma relação íntima com o substrato. Alguns
aderem a rochas, conchas ou madeira, alguns cavam, outros flutuam e as lulas e
polvos podem nadar livremente.
Os moluscos são
extremamente importantes na economia de muitos países, como fonte de alimento
rico em proteínas, sendo coletados diretamente da natureza ou mesmo cultivados.
Em muitos países, possibilitam até a existência de uma indústria de pérolas e
de adornos de madrepérola. Apresentam interesse médico-sanitário, pois muitas
espécies são vetores de doenças, enquanto outras, aparentemente, podem ser
usadas no controle destas.
A reprodução
dos moluscos é sexuada
e, na maioria dos representantes do grupo, a fecundação é interna e cruzada.
Muitas espécies são monóicas (como o caramujo de jardim). Na cópula, dois
indivíduos aproximam-se e encostam seus poros genitais, pelos quais fecundam-se
reciprocamente. Os ovos desenvolvem-se e, ao eclodirem, liberam novos
indivíduos sem a passagem por fase larval (desenvolvimento direto). Nas formas
aquáticas, há espécies monóicas e espécies dióicas (como o mexilhão). A forma
mais comum de desenvolvimento é o indireto.
FILO
ANELÍDEOS
O filo Anelida
compreende os animais que se caracterizam, em especial, por apresentarem os
seus corpos segmentados, interna e externamente.
Observando-se a minhoca (Fig.17),
um de seus exemplos mais típicos, verifica-se que o corpo é formado por uma
série de anéis ou segmentos, separados por um sulco que contorna o corpo.
O habitat dos anelídeos pode
ser a água dos mares e oceanos, a água doce ou a terra úmida. Eles são
considerados os mais complexos dos vermes. Além do tubo digestório completo,
têm um sistema circulatório fechado, isto é, têm boca e orifício retal e também
apresentam um sistema circulatório em que o sangue só circula dentro dos vasos.
O corpo dos aneliídeos é
revestido por uma pele fina e úmida. Essa é uma característica importante da
respiração cutânea - respiração realizada através da pele, pois os gases
respiratórios não atravessam superfícies secas.
Os anelídeos apresentam reprodução
sexuada; algumas espécies são hermafroditas (como a minhoca),
isto é, cada animal possui os dois sistemas reprodutores: o masculino e o
feminino. No entanto, eles realizam fecundação cruzada e recíproca, ou seja,
dois animais hermafroditas cruzam e se fecundam mutuamente (Fig.18).
FILO ARTRÓPODA
É uma
palavra que vem do grego, arthron significa
"articulação"
e podos significa
"pé".
Características
gerais:
Os artrópodes, invertebrados que possuem pernas articuladas,
ou "juntas" móveis, tem o corpo segmentado e
dividido em cabeça, tórax e abdome. Em alguns deles pode
ocorrer fusão da cabeça com o tórax e,
neste caso, o corpo é dividido em cefalotórax e abdome.
Possuem um esqueleto externo,
denominado exoesqueleto. É o que se chama de "casca" na
lagosta, no siri, no camarão, na barata, etc.
O exoesqueleto é resistente
e limita o crescimento do animal. Assim, o exoesqueleto "velho" e
limitante é trocado por um "novo", que permite a continuidade do
crescimento. Essa troca de exoesqueleto, que pode ocorrer várias vezes durante
a vida do animal, é chamada de muda ou ecdise (Fig. 19)
Os artrópodes formam o conjunto mais numeroso de
animais. Eles habitam os mais diversos ambientes e podem ser terrestres ou
aquáticos.
Segundo suas
características, os artrópodes foram agrupados em insetos, crustáceos, aracnídeos,
quilópodes, diplópodes e
outros grupos, de menor importância.
Insetos
Os insetos existem
em todas as regiões do mundo e formam o grupo com o maior número de espécies de
animais conhecidos. Vivem principalmente em ambientes terrestres, mas algumas
espécies são aquáticas.
O corpo dos insetos é
coberto por um exoesqueleto de quitina e possui três partes bem definida:
cabeça, tórax e abdome.
Todos possuem um par de
antenas e três pares de pernas. A maioria possui asas.
Alguns exemplos de ordens de
insetos: Tisanuros (traças), Anopluros (piolhos), Ortopteróides (Fig.20) (baratas, gafanhotos, grilos, louva-a-deus),
Hemípteros (percevejos-de-casa, barbeiros), Lepidópteros (borboletas,
mariposas), Dípteros (moscas, mosquitos), Coleópteros (besouros, vaga-lumes),
Himenópteros (formigas, abelhas, vespas), Sifonápteros (pulgas), Isópteros
(cupins), Odonatos (libélulas), Homópteros (cigarras, pulgões), etc.
No abdome dos insetos
existem pequenas aberturas denominadas espiráculos. Esses espiráculos se
comunicam com tubos chamados traquéias. Esses tubos, por sua vez, se ramificam
repetidamente até atingir dimensões microscópicas e entrar em contato com os
vários tecidos do corpo do animal. São esses tubos que levam gás oxigênio
diretamente às células. Por isso se diz que os insetos tem respiração
traqueal.
FILO ECHINODERMATA
O nome do filo, Echinodermata (do
grego echinos, espinho, e dermato, pele) refere-se ao fato da
maioria dos equinodermos apresentar espinhos na superfície do corpo. Todos os
equinodermos vivem no mar. São representantes do filo as estrelas-do-mar,
ouriços-do-mar, bolachas-de-praia (Fig.21), e holotúrias (pepinos-do-mar).
Em geral, os sexos são
separados, sem dimorfismo sexual externo. Algumas espécies passam por um
estágio larval planctônico, enquanto outras são vivíparas. O alto poder de
regeneração dos integrantes deste filo confere a algumas espécies a capacidade
de se reproduzir assexuadamente por fissão, um processo de divisão do corpo que
resulta em novos indivíduos completos e funcionais.
O sistema ambulacral (Fig.22) é
uma exclusividade dos equinodermatas. Este sistema se acha constituído por um
conjunto de canais que delimitam espaço celomáticos no interior. Apresentam
função de: respiração, locomoção e circulação.
CHORDATA
(VERTEBRADOS)
PEIXES
Os peixes são animais vertebrados,
heterotérmicos, os membros transformados em nadadeiras sustentadas por
raios ósseos ou cartilaginosos, as guelras ou brânquias com que respiram o
oxigênio dissolvido na água (embora os dipnóicos usem pulmões) e, na sua maior
parte, o corpo coberto de escamas.
Os peixes são, na maior parte das vezes,
divididos nos seguintes grupos:
·
A) Peixes ósseos (Osteichthyes, com mais 22.000 espécies)
à qual pertencem as sardinhas, as garoupas, o bacalhau, o atum e, em geral,
todos os peixes com o esqueleto ósseo.
·
B) Peixes cartilaginosos (Chondrichthyes, mais de 800 espécies) à
qual pertencem os tubarões e as raias e vários grupos de peixes sem maxilas
(antigamente classificados como Agnatha
ou Cyclostomata, com cerca de 80
espécies), incluindo as lampréias e as mixinas (peixe bruxa).
ANFÍBIOS
O início da Conquista do Meio
Terrestre
A Classe
Amphibia inclui
as cecílias (Ordem Gymnophiona), as salamandras (Ordem Caudata) e os sapos, rãs
e pererecas (Ordem Anura) (Fig. 24). Embora existam variações na forma do corpo
e nos órgãos de locomoção, pode-se dizer que a maioria dos anfíbios atuais tem
uma pequena variabilidade no padrão geral de organização do corpo. O nome
anfíbio indica apropriadamente que a maioria das espécies vive parcialmente na
água, parcialmente na terra, constituindo-se no primeiro grupo de cordados a
viver fora da água. Entre as adaptações que permitiram a vida terrestre incluem
pulmões, pernas e órgãos dos sentidos que podem funcionar tanto na água como no
ar. Dos animais adaptados ao meio terrestre, os anfíbios são os mais
dependentes da água. Foram os primeiros a apresentar esqueleto forte e musculatura
capaz de sustentá-los fora d'água.
Sua
pele é bastante fina e para evitar o ressecamento provocado pela exposição ao
sol, possui muitas glândulas mucosas. Estas liberam um muco que mantém a
superfície do corpo úmida e lisa, diminuindo o atrito entre a água e o corpo
durante o mergulho.
A
epiderme também possui pouca quantidade de queratina, uma proteína básica para
a formação de escamas, placas córneas, unhas e garras. A ausência destas
estruturas os torna frágeis em relação à perda de água e também quanto à sua
defesa de predadores. Por isso, alguns anfíbios desenvolveram glândulas que
expelem veneno quando comprimidas.
A
respiração dos anfíbios pode ocorrer através de brânquias e da pele (na fase
larval e aquática) e da pele e de pulmões quando adultos e terrestres.
São heterotermos,
ou seja, a temperatura do corpo varia de acordo com a temperatura do ambiente.
Por isso, em épocas frias ou muito secas, muitas espécies enterram-se sob o
solo aí permanecendo até a época mais quente e chuvosa.
RÉPTEIS
Primeiros Vertebrados
Bem-Sucedidos no Meio Terrestre
Os répteis foram os primeiros vertebrados a
conquistar, com sucesso e definitivamente, o ambiente terrestre. Isto porque
desenvolveram algumas características adaptativas, tais como: presença
de casca calcária envolvendo o ovo e pele impermeável, seca,
sem glândulas, revestida por escamas epidérmicas (nas cobras e
lagartos) (Fig.25), por placas ósseas (nas tartarugas)
(Fig.26), formando uma carapaça que protege o animal contra a desidratação ou
ainda por placas córneas (nos crocodilos e jacarés) (Fig. 27).
A impermeabilização da pele ocorreu graças à
intensa produção de uma molécula protéica, a queratina, a grande
novidade bioquímica produzida em grande quantidade pela epiderme dos répteis,
fato que se repetirá também nas aves e nos mamíferos. Na verdade, na pele dos
anfíbios,essa molécula existe, só que em pequeníssima quantidade, sendo
incapaz de tornar a pele impermeável à água e aos gases da respiração.
Essa adaptação permitiu aos répteis a economia de
água, possibilitando a vida em habitat dos mais diversos, inclusive
desérticos. Por outro lado, a falta de umidade da pele e a riqueza em
queratina impedem as trocas gasosas que, assim, passam a ser executadas
exclusivamente por pulmões.
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AVES
As aves constituem uma classe de animais vertebrados, tetrápodes, endotérmicos, ovíparos,
caracterizados principalmente por possuírem penas, apêndices locomotores
anteriores modificados em asas, bico córneo e ossos
pneumáticos. São reconhecidas aproximadamente 9.000 espécies de aves no
mundo.
O fóssil de ave mais antigo data de há
cerca de 150 M.a. durante o período Jurássico. Este animal do tamanho de um
corvo ficou conhecido por Archeopteryx
lithographica e apresentava características combinadas de réptil e de ave
(asas, penas, maxilares com dentes, etc.). As aves conquistaram o meio
terrestre de modo muito mais eficiente que os répteis. A principal característica
que permitiu essa conquista foi, sem dúvida, a homeotermia, a
capacidade de manter a temperatura corporal relativamente constante à custa
de uma alta taxa metabólica gerada pela intensa combustão de alimento
energético nas células.
Essa
característica permitiu às aves, juntamente com os mamíferos, a invasão de
qualquer ambiente terrestre, inclusive os permanentemente gelados, até então
não ocupados pelos outros vertebrados.
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MAMÍFEROS
Os mamíferos
são os vertebrados mais evoluídos, com inúmeras características
adaptativas que lhes permite ampla distribuição geográfica. Seus representantes
são numerosos e diversificados, ocupando os mais diversos ambientes (Fig.29).
As principais características dos mamíferos, que os diferenciam de todos os
outros vertebrados, são:
Pêlos: recobrindo total ou parcialmente a
superfície do corpo, contribuem para a manutenção da temperatura corporal
Glândulas mamárias: presentes em todas as fêmeas
de mamíferos, secretam leite, que serve de alimento aos filhotes
Cérebro e sentidos bem
desenvolvidos, o que lhes confere grande agilidade para captura de presas
e fuga.
Viviparidade: o desenvolvimento do embrião ocorre
sempre dentro do organismo materno, no interior do útero, o que confere ao
embrião proteção e alimento, fornecido através da placenta, anexo embrionário
exclusivo dos mamíferos.
Diafragma: músculo que atua nos
movimentos respiratórios, localizado entre a cavidade torácica e abdominal.
Hemácias anucleadas
Dentes adaptados à captura
de alimentos e mastigação eficiente; diferenciados em incisivos, caninos e
molares, têm importância sistemática.
Os mamíferos
são dióicos, e com fecundação interna. Os marsupiais e os
placentários têm desenvolvimento embrionário direto e interno, no interior do
útero, órgão de parede muscular.
No revestimento interno do
útero, os embriões dos mamíferos placentários fixam-se através da placenta. Por
meio desse anexo embrionário exclusivo dos mamíferos, ocorrem trocas por
difusão entre o sangue materno e o sangue do embrião, sem mistura. Há passagem
de oxigênio, água, nutrientes e anticorpos da mãe para o embrião, e passagem de
gás carbônico e de outros resíduos metabólicos em sentido contrário.
Simetria Animal
É a divisão imaginária do corpo de um animal em metades
opostas que devem ser semelhantes externamente. Os animais podem
ser assimétricos, como a maioria das esponjas-do-mar; ter simetria radial (quando planos
longitudinais, que passem pelo centro do corpo, dividem o animal em partes
iguais), encontrada em algumas esponjas, em cnidários (como a anêmona-do-mar) e
em equinodermos (como as estrelas-do-mar); ou ter simetria bilateral (quando há apenas um
plano que divida o corpo em duas metades iguais) que é encontrada na maioria
dos animais. Nesse último caso o animal fica dividido em lado direito e
esquerdo que são perfeitamente simétricos.
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